Retiro Espiritual
Vou aqui falar-vos de uma experiência inédita para os crismandos da paróquia de Oliveira do Bairro, um retiro espiritual na Casa Diocesana da Senhora do Socorro (or something like that) em Albergaria-a-Velha, localidade conhecida pela sua célebre recta, onde se podem encontrar as "mulheres da vida" na sua verdadeira essência e no seu habitat natural, algo praticamente inexistente nos dias que correm, em que este espécime é enclausurado em casas de alterne e sujeitos a condições desumanas, em que são usadas apenas como objectos sexuais, enquanto nas ruas elas têm o carinho e amor que tanto necessitam (principalmente sob a forma de notas das grandes), chega de falar de espécies em perigo e passemos ao que interessa.
Sexta-feira, 13 de Maio de 2005
Saímos da Igreja de Oliveira do Bairro 45 minutos depois do estipulado (mas, relembrando que estamos em Portugal, até nem é um atraso muito significativo) e partimos em direcção à Casa Diocesana. Quando lá chegámos procedeu-se à típica divisão das pessoas pelos quartos, cabendo a mim tomar conta do Igor. A seguir a isto fomos cantar todos malucos (cada vez tenho mais a certeza que canções religiosas são das coisas mais decadentes do mundo), seguido do jantar (rissóis com arroz e salada), a seguir a isto fomos ver uma apresentação acerca dos sonhos seguida de um debate em grupos em que revelei a minha intenção em abandonar as práticas cristãs após o crisma. Depois desta revelação foi o sermão da praxe e cama, todos a pensar que ia ser rambóia a noite toda a saltar de quarto em quarto e até poderia ter sido não fosse o facto de o nosso catequista (o Xô Zé) ter andado a noite toda a vigiar as nossas deambulações pelos corredores, com vários episódios deveras caricatos. Ao fim de algum tempo de tentativas falhadas decidimos ir dormir.
Sábado, 14 de Maio de 2005
A seguir ao que pode ser considerado como a noite mais mal dormida da minha ainda curta vida fomos para uma espécie de capela rezar (or maybe not...), seguido de pequeno-almoço. Seguem-se uma série de actos que não me recordo bem devido às terríveis dores de cabeça que me assolavam no momento graças à noite mal dormida, apenas me recordo de dois grandes espalhos decorrentes de um jogo muito non-sense (daqueles que parece que é só para passar o tempo). Chegou a hora do almoço (carne estufada com esparguete), ao qual se seguiu uma actividade que parece ter sido do agrado geral mas que a mim não despertou grande interesse, moldar barro da maneira como interpretávamos a nossa vida (destaque para autênticas obras-primas da olaria, neste caso do Igor, da Rita Ladeira e do Mikael), seguida de uma palestra sobre o Espírito Santo, em que participou o Bispo D. António Marcelino, depois desta participação fomos ver outra apresentação, desta vez sobre as "Pessoas que Marcaram o Séc. XX" (onde figuravam Madre Teresa de Calcutá, S. Francisco de Assis entre outros), devo dizer que mal me lembro de quem estava na apresentação porque passei mais de metade do tempo a tentar não dormir, depois da apresentação mais uma discussão por grupos acerca do tema. O nosso dia acabou com uma discussão acerca do que cada um achou do retiro. Por fim, acabámos todos na missa a cantar que nem uns perdidos.
Para recordar:
-> o Xô Zé a patrulhar os corredores à noite em boxers (esta talvez não seja tão boa de recordar, mas sempre dá para rir um bocado)
-> o espalho do Mikael na casa-de-banho, devido à água deixada no chão pelo Simão
-> o espalho da Rita Souto (que a obrigou a ir para o hospital)
-> o Xô Zé dizer para o Cunha durante a noite: "Vai arrumar a tua mala que vou-te levar já a casa" (depois de este ser apanhado no quarto de umas meninas)
-> o Mikael a bater à porta do quarto da Cristina Barata a pensar que era da Rita
-> o ressonar do Xô Zé
-> o chiar das camas
-> as mensagens trocadas por bluetooth durante a noite, para não denunciar o facto de estarmos acordados
-> o Simão ter repetido "1, 2, 3, 5" mais de 200 vezes durante o tempo que lá estivemos
-> o Xô Zé ressonar de propósito para ver se apanhava mais alguém a passear no corredor, seguido de uma das melhores frases da noite: "Alguém quer vir dormir comigo?", depois de ver que o Leandro e o Cunha caíram na "armadilha".
-> o Simão a jogar PS2 numa parede vazia, sem consola nem televisão e no dia seguinte dizer que usou o "joystick do mikael"
-> "a frase do retiro", aquela que será sempre recordada: "Quando um barco tem um rumo, todos os ventos são favoráveis"
Sexta-feira, 13 de Maio de 2005
Saímos da Igreja de Oliveira do Bairro 45 minutos depois do estipulado (mas, relembrando que estamos em Portugal, até nem é um atraso muito significativo) e partimos em direcção à Casa Diocesana. Quando lá chegámos procedeu-se à típica divisão das pessoas pelos quartos, cabendo a mim tomar conta do Igor. A seguir a isto fomos cantar todos malucos (cada vez tenho mais a certeza que canções religiosas são das coisas mais decadentes do mundo), seguido do jantar (rissóis com arroz e salada), a seguir a isto fomos ver uma apresentação acerca dos sonhos seguida de um debate em grupos em que revelei a minha intenção em abandonar as práticas cristãs após o crisma. Depois desta revelação foi o sermão da praxe e cama, todos a pensar que ia ser rambóia a noite toda a saltar de quarto em quarto e até poderia ter sido não fosse o facto de o nosso catequista (o Xô Zé) ter andado a noite toda a vigiar as nossas deambulações pelos corredores, com vários episódios deveras caricatos. Ao fim de algum tempo de tentativas falhadas decidimos ir dormir.
Sábado, 14 de Maio de 2005
A seguir ao que pode ser considerado como a noite mais mal dormida da minha ainda curta vida fomos para uma espécie de capela rezar (or maybe not...), seguido de pequeno-almoço. Seguem-se uma série de actos que não me recordo bem devido às terríveis dores de cabeça que me assolavam no momento graças à noite mal dormida, apenas me recordo de dois grandes espalhos decorrentes de um jogo muito non-sense (daqueles que parece que é só para passar o tempo). Chegou a hora do almoço (carne estufada com esparguete), ao qual se seguiu uma actividade que parece ter sido do agrado geral mas que a mim não despertou grande interesse, moldar barro da maneira como interpretávamos a nossa vida (destaque para autênticas obras-primas da olaria, neste caso do Igor, da Rita Ladeira e do Mikael), seguida de uma palestra sobre o Espírito Santo, em que participou o Bispo D. António Marcelino, depois desta participação fomos ver outra apresentação, desta vez sobre as "Pessoas que Marcaram o Séc. XX" (onde figuravam Madre Teresa de Calcutá, S. Francisco de Assis entre outros), devo dizer que mal me lembro de quem estava na apresentação porque passei mais de metade do tempo a tentar não dormir, depois da apresentação mais uma discussão por grupos acerca do tema. O nosso dia acabou com uma discussão acerca do que cada um achou do retiro. Por fim, acabámos todos na missa a cantar que nem uns perdidos.
Para recordar:
-> o Xô Zé a patrulhar os corredores à noite em boxers (esta talvez não seja tão boa de recordar, mas sempre dá para rir um bocado)
-> o espalho do Mikael na casa-de-banho, devido à água deixada no chão pelo Simão
-> o espalho da Rita Souto (que a obrigou a ir para o hospital)
-> o Xô Zé dizer para o Cunha durante a noite: "Vai arrumar a tua mala que vou-te levar já a casa" (depois de este ser apanhado no quarto de umas meninas)
-> o Mikael a bater à porta do quarto da Cristina Barata a pensar que era da Rita
-> o ressonar do Xô Zé
-> o chiar das camas
-> as mensagens trocadas por bluetooth durante a noite, para não denunciar o facto de estarmos acordados
-> o Simão ter repetido "1, 2, 3, 5" mais de 200 vezes durante o tempo que lá estivemos
-> o Xô Zé ressonar de propósito para ver se apanhava mais alguém a passear no corredor, seguido de uma das melhores frases da noite: "Alguém quer vir dormir comigo?", depois de ver que o Leandro e o Cunha caíram na "armadilha".
-> o Simão a jogar PS2 numa parede vazia, sem consola nem televisão e no dia seguinte dizer que usou o "joystick do mikael"
-> "a frase do retiro", aquela que será sempre recordada: "Quando um barco tem um rumo, todos os ventos são favoráveis"
3 Comments:
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parafraseando o que disse no meu blog:
não há palavras! este é um momento que é para ser vivido, não descrito!
parabéns pela óptima descrição! um reparo para o facto de que tu não tomaste conta de mim, foi ao contrário! afínal quem é que te chamou para ires tomar banhinho, hem??
dois anos e meio depois...
ainda me lembro vagamente das coisas que se passaram nesse retiro.
as gajas nuas, o sexo louco, os álcool e drogas que partilhámos...
quando a religião te sobe à cabeça, até acreditas em Deus!
cumps
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